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Eu Vi uma Coisa Bizarra No Álbum De Família Do Meu Namorado

Eu Vi uma Coisa Bizarra No Álbum De Família Do Meu Namorado Oi! Meu nome é April. Hoje vou lhe contar a história do meu primeiro amor, que agora se tornou um assunto proibido na minha família. Tudo começou alguns meses atrás, e parece que vou ficar decepcionada, chocada e frustrada pelo resto da minha vida. Acho que bem lá no fundo eu ainda amo esse cara, e me odeio por isso.

Jackson se mudou para nossa cidade seis meses atrás. Na verdade, ele nasceu aqui, mas quando a mãe dele morreu em um acidente de carro, muitos anos atrás, o pai dele resolveu recomeçar a vida em outra cidade. Eles viajaram por quase todos os lugares do estado, mas o emprego do pai dele acabou trazendo-os de volta pra cá. Enfim, pouco tempo depois, ele começou a frequentar nossa escola e nos tornamos amigos, mas aí vimos que tinha algo entre nós que ia além da amizade, e começamos a namorar. O Jackson é super descolado, sabe? Ele anda de moto e tem um ar de mistério e de inteligência. Ou seja, era quase impossível eu não me apaixonar por ele.

Uma vez ele teve a ideia de passar o fim de semana na casa que os pais dele têm perto do lago. Não tinha muito tempo que estávamos namorando, e meus pais nem imaginavam que ele tinha uma moto – se soubessem, nem me deixariam conversar com ele. É por isso que eu menti pra eles e disse que passaria o fim de semana na casa de campo da minha amiga Angélica. Eu não me senti bem por ter mentido para os meus pais. E eu estava com uma sensação ruim a respeito daquele passeio, apesar de estar empolgada em passar dois dias com meu amor.

Essa sensação ruim e a preocupação começaram a crescer assim que começamos nossa viagem secreta. Primeiro, um pneu da moto furou. Depois, enquanto o Jackson tentava trocá-lo, um caminhão enorme passou e nos cobriu de lama. Eu pensei que nossa cota de azar do dia já tinha acabado, mas como dizem por aí, não há nada tão ruim que não possa piorar, então quando finalmente chegamos na casa perto do lago, sujos e exaustos, o Jackson viu que tinha pegado as chaves erradas. Não tivemos outra escolha a não ser arrombar a porta, estragando a fechadura, claro.

Algumas horas depois, quando finalmente trocamos de roupa e lanchamos, sentamos perto da lareira e folheamos um antigo álbum de família. Ele me contou coisas sobre a mãe dele, me mostrou as fotos dela, e senti que, embora se lembrasse muito pouco dela, ele sentia muita saudade. Aí, de repente, encontramos uma foto da jovem mãe do Jackson sentada ao lado da… minha mãe jovem!

Eu fiquei tão surpresa que até gritei. Mas o Jackson não reconhecia a mulher ao lado da mãe dele, e quando eu disse quem era, ele empalideceu. Nós corremos para olhar o restante das fotos e encontramos outra fotografia interessante. Embora essa tivesse sido tirada muitos e muitos anos atrás, quando eu provavelmente nem tinha nascido ainda, eu podia apostar que conhecia aquele homem. Embora ele não tivesse bigode e seu cabelo fosse longo, eu tinha certeza de que aquele era o irmão da minha mãe – meu tio Henry. Claro, eu contei isso para o Jackson, e ele ficou tão surpreso e confuso quanto eu. Nós não conseguimos esperar até o dia seguinte para tirar essa história a limpo, então voltamos pra casa naquela mesma noite.

O pai do Jackson estava fora da cidade, então eu tive que ser a primeira a começar a investigação. Claro, eu teria que confessar para os meus pais que havia mentido para eles. Pois já era 1 da manhã quando voltei pra casa, e eles estavam esperando que eu voltasse só na noite do dia seguinte. Meu pai já estava dormindo, e a conversa com a minha mãe não foi nem um pouco agradável. Ela não queria me ouvir explicando porque tinha mentido pra ela, nem por que havia me atrevido a namorar um cara que tinha moto – ela já me colocou de castigo. E quando mostrei as imagens daquelas fotos no meu celular e expliquei tudo, ela parecia ter visto um fantasma: gritou comigo e me proibiu de ver o Jackson, dizendo que era melhor ele ficar longe da nossa família.

Eu fiquei arrasada e sem entender nada.

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